HISTÓRICO APAS DE PRESIDENTE PRUDENTE


No início da década de 90 a Cruz Azul de São Paulo (CRAZ), responsável pela Assistência Médica, Hospitalar e Odontológica dos dependentes do Policial Militar do Estado de São Paulo (PM) e Pensionistas da Caixa Beneficente da Polícia Militar do Estado de São Paulo (CBPM), por força da Lei Nº 452/74, entrou em dificuldades financeiras porque os recursos provenientes da folha de pagamento dos contribuintes (Policiais Militares e Pensionistas) eram insuficientes para o pagamento das despesas com o tratamento de seus usuários.

Várias tentativas de contenção de custos foram adotadas, inclusive, a rescisão dos contratos firmados com os Prestadores de Serviços da Área de Saúde, de todo o interior do Estado e a criação de Policlínicas nas sedes dos então Comandos de Policiamentos de Áreas do Interior (CPAI) e alguns Batalhões do Interior (BPMI).

As Policlínicas demonstraram serem onerosas e inviáveis por não satisfazerem as necessidades da população assistida. Sem enxergarem outra solução, na época, os então Presidente e Superintendente da CRAZ, Cel Res PM Antonio Valdir Gonçalves e Cel Res PM Pedro Almeida Carlini Pereira de Souza, respectivamente, visitaram os CPAI com a proposta de criação de Associações Policiais de Assistência à Saúde (APAS), que seria dirigida e mantida pelos PM e pensionistas da CBPM, com auxílio financeiro da CRAZ.

Durante a visita já estipulavam data para o encerramento das atividades das Policlínicas. No primeiro semestre de 1994, o então comandante do CPI/10, Região de Presidente Prudente, Cel PM Carlos Fontes Mariano designou uma comissão formada por Oficiais e Praças, para formatar um modelo de APAS que seria viável a ser implantada na região de Presidente Prudente, área de atuação do 18º BPM/I.

Depois de visitarem outras APAS que já haviam sido criadas e prestadores de serviços, bem como mantidos os contatos com pessoas ligadas ao setor de saúde privada, a Comissão terminou seus trabalhos na manhã do dia 01 de setembro de 1994, em assembleia que ocorreu no salão de festas da Associação Desportiva da Polícia Militar (ADPM), regional de Presidente Prudente, com a participação de Oficiais e Praças do CPAI/10 e 18º BPM/I e alguns convidados do 25º e 42º BPM/I.

Na assembleia que foi presidida pelo Cel PM Carlos Fontes Mariano, secretariada pelo Ten Cel PM João Ferreira de Souza Filho e assessorada juridicamente pelo Dr. Hélio Smith de Angelo (Maj Res PM), o Presidente da Comissão, Maj PM João Valente, fez breve relato dos trabalhos da comissão e apresentou o Estatuto Social, que depois de discutido pormenorizadamente seus artigos, foi aprovado e criada a Associação Policial de Assistência à Saúde de Presidente Prudente (APAS), com a eleição de sua primeira Diretoria e Conselho Fiscal, que teve mandato transitório até 28 de fevereiro de 1995.

Imediatamente a Diretoria iniciou seus trabalhos e pela dificuldade existente na época, em firmar contrato diretamente com prestadores de serviços médicos, ambulatoriais e hospitalares, contratou esses serviços com a UNIMED de Presidente Prudente. Em seguida elaborou o Contrato de Prestação de Serviços Médicos e Hospitalares? Familiar e em equipes de 02 diretores, passou a visitar as Organizações Policiais Militares (OPM) da área do 18º BPM/I, levando a proposta para que todos os PM pudessem associar-se. A sede da APAS foi instalada em uma sala cedida a título de comodato, pela Associação dos Cabos e Soldados R/10, situada na Rua Dr. Gurgel, Nº 1.225, na cidade de Presidente Prudente e o atendimento médico e hospitalar aos associados iniciou no dia 01 de janeiro de 1995.

No dia 01 de março de 1995, aquela Diretoria, presidida pelo Maj. Valente, foi reeleita para cumprir mandato até 28 de fevereiro de 1997.Como houve boa evolução no atendimento, em 01 de junho de 1996, foi firmado contrato com a Clínica Prudente Assistência Odontológica, para prestar atendimentos odontológicos aos associados. No dia 08 de julho de 1996, foi adquirida a sede própria que fica na Rua Joaquim Nabuco, Nº 1.070, Vila Nova, na cidade de Presidente Prudente.

Em 01 de julho de 1997, foi firmado contrato com a Santa Casa de Presidente Prudente, para realização de cirurgias cardíacas, que não era contratado com a UNIMED. Como os custos do contrato firmado com a UNIMED de Presidente Prudente eram reajustados semestralmente, e a APAS já estava conhecida no mercado, a Diretoria iniciou trabalhos de contratação direta com os Prestadores de Serviços, amenizando o impacto dos aumentos que até então eram impostos.

No dia 06 de agosto de 1999, em Assembleia Geral realizada na ADPM, foi decidida a migração de todos os associados para o Plano Verde ou Plano Vermelho, estabelecidos de acordo com a Lei Nº 9.656, de 03 de junho de 1998, que dispõe sobre os planos privados de assistência à saúde no Brasil e registro como Operadora de Plano de Saúde na modalidade de Autogestão e dos Planos de Saúde, junto a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

Com essas mudanças os atendimentos passaram a ser quase ilimitados, com restrições praticamente na área de medicina estética e psiquiátrica, surgindo a necessidade de amparo financeiro para suporte de eventuais atendimentos de auto custo.

Foi então que a APAS se uniu a mais 08 coirmãs e em 09 de dezembro de 1999, foi criada a União de Associações Policiais de Assistência à Saúde do Oeste do Estado de São Paulo (UNAOESP), que funcionava como sistema de resseguro. Em 02 de abril de 2001, foi montado o serviço de auditoria médica, com contratação de médico auditor, para acompanhar os atendimentos, auditar as contas apresentadas pelos prestadores de serviços e legitimar os pagamentos dos faturamentos, que até aquela data eram conferidos por funcionários leigos.

Em 16 de maio de 2001, quando já contava com contrato direto com vários hospitais e laboratórios, e considerável quantidade de clínicas e médicos da cidade e região, a UNIMED de Presidente Prudente rompeu o contrato que mantinha com a APAS.

Com a rescisão contratual a APAS teve oportunidade de crescimento e foi ampliado o quadro de prestadores de serviços. Nos dias 22 e 23 de outubro de 2003 realizou o Vigésimo Primeiro Encontro de Dirigentes de APAS (XXI ENDAPAS), com a realização do primeiro Curso de Auditoria Médica, para os Dirigentes e Funcionários de APAS, ministrado pela Dra. Giuseppina Pellegrini, médica sanitarista e auditora médica, na cidade de São Paulo. Em 06 de janeiro de 2004, foi alterado o Estatuto Social para permitir a inclusão de filhos casados do associado e criado o Plano Azul, para Genro, Nora e Neto (s).

Depois de mais de cinco anos e meio, ficou demonstrado que os procedimentos de alto custo e alta complexidade até então ocorridos são perfeitamente administráveis pela APAS que decidiu desligar-se da UNAOESP, juntamente com outras 05 coirmãs, o que ocorreu no dia 12 de maio de 2005. Em janeiro de 2006 a APAS assinou contrato com uma nova empresa de sistema de informação a “SOLUS”, para acompanhar a evolução na área de atendimento à saúde e seguir as regulamentações estabelecidas pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

Diante de tantas modificações, e o crescimento da associação ao longo de sua existência, em 2007 fez-se necessário à aquisição de uma nova sede, inaugurada em 1º de setembro de 2008, com o objetivo de trazer segurança, conforto e tranquilidade a todos.

Em foi implantado o programa APAS Viver Bem, com atividades físicas e sociais dirigidas por fisioterapeuta, objetivando a inclusão social e melhorar a qualidade de vida dos associados idosos e portadores de doenças crônicas.

Tudo isto foi possível, primeiramente pela graça do nosso bom Deus, que nos iluminou e conduziu sob suas bênçãos, a união dos associados que sempre apoiaram as Diretorias e Conselhos Fiscais em seus trabalhos em prol de todos e aos prestadores de serviços que se irmanaram conosco no objetivo de trabalhar pela saúde dos associados.

Enfim temos motivo para comemorarmos e nos alegrarmos com o sucesso dessa luta. Em toda nossa história, o mesmo compromisso e os mesmos ideais que até agora nortearam esta associação, devem prevalecer, pois não há outra finalidade que não seja estritamente a saúde do associado e tratamento digno e condizente a cada doença.